quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Trilhas sonoras: as melhores coletâneas do mercado.

Sou eu, de volta a escrever no blog! E para esse retorno, resolvi juntar duas coisas que gosto e por o assunto na roda: cinema e música! E não tem como pensar em cinema sem pensar em música. Fazer estas duas coisas trabalharem em conjunto pode ser feita de uma maneira muito próxima - os filmes-musicais - ou onde um barulho pode ser uma trilha sonora. Com a qualidade das coletâneas musicais e das músicas incidentais presentes nos filmes e transformadas em álbum, apresento no post os diversos tipos de trilha sonora que existem no mercado.

Juntar música e cinema é como juntar dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Não há combinação mais perfeita. Digo isso não só pela incorporação óbvia de imagem e som. Experimente ouvir a mesma trilha sonora antes e depois de ver um filme. É impossível ficar indiferente. Gostando ou não do filme, a sua percepção muda completamente. E é isso que torna, muitas vezes, determinadas trilhas sonoras tão significativas.

Existem vários tipos de trilha sonora, e neste post vou tentar explicá-las, mesmo que de uma maneira meio "basicona". E o primeiro tipo é composto de canções de um filme musical, onde as músicas tem a mesma ou maior relevância do que o próprio filme. Sem elas músicas, a própria história contada não faria sentido pois a música é sua razão de ser. Na verdade, musicais não fazem sentido nenhum - ou você acha que, do nada, num dia comum de trabalho, você começa a cantar alegremente e seus co-workers fazem coro pra você, como se fosse algo mais normal do mundo? - . Geralmente as músicas são compostas especialmente pro filme. Ou o filme é feito por causa da música. Enfim, o fato é que essas costumam ser as piores trilhas(e piores filmes também). Porque filmes musicais são em sua maioria, um porre! Bom, "Grease" (Nos tempos da Brilhantina) ou, sei lá, "Chicago" são exemplos desse tipinho de filme chaaaaato:

John Travolta e Olívia Newton John - You're The One That I Want (Trilha de "Grease")

O segundo tipo de trilha sonora são as de músicas de fundo para as cenas dos filmes. Geralmente orquestradas, muitas dessas trilhas não fazem muito sentido se ouvidas sozinhas, como peças musicais. Elas só ganham relevância pra quem assiste o filme, onde a música evoca as sensações e percepções sentidas naquele momento. A trilha do Vangelis para Blade Runner ou a trilha do Hanz Zimmer de Inception (A Origem) são dois desses exemplos. Impossível ouvir Edit Piaf tocada de forma distorcida e não lembrar das cenas em slow motion feitas por Christopher Nolan.

Hanz Zimmer - Half Remembered Dream (Trilha de "A Origem")

O terceiro tipo, e o mais comum, é a coletânea das várias músicas pop que preenchem o filme. As músicas são selecionadas de acordo com a característica da obra e, muitas vezes, pelo próprio diretor. E, ainda dentro desse meio, existem mais 3 modalidades.

---A primeira é a de uma simples coletânea: pegam-se músicas existentes ou já gravadas que serviram ao filme (Nem sempre estarão todas elas). Este é o tipo de trilha sonora ideal pra se conhecer bandas e artistas diferentes. Os seriados americanos e os filmes sobre cultura pop costumam reservar as mais surpreendentes delas. Os filmes "Transpotting", "500 Dias com Ela" e os seriado "Grey's Anatomy" e a falecida série "The O.C." tem trilhas excelentes!

The Passanger - Iggy Pop (Trilha do filme "Transpotting")

Regina Spektor - Us (Trilha de "500 dias com Ela")

Peter, Bjorn & John - Young Folks (Trilha de "Grey's Anatomy")

Spoon - The Way We Get By (Trilha de "The O.C.")

---A segunda, e essa é a mais rara de acontecer pela sua especificidade, é quando bandas ou artistas gravam covers (músicas de outros artistas) para compilar no filme, como uma homenagem. E, como vocês podem imaginar, as regravações são feitas especialmente para a trilha. Duas delas servem de exemplo. Uma delas é do filme "Não é Mais um Besteirol Americano", onde bandas de rock mais recentes "homenageiam" o repertório pop dos anos 80. A outra é a do filme " Uma Lição de Amor" (horrível 'tradução' do original "I Am Sam") onde artistas e bandas consagradas regravam Beatles!

Marylin Manson - Tainted Love (Trilha de "Não é Mais um Besteirol Americano")


Eddie Vedder - You've Got to Hide Your Love Away (Trilha de "I Am Sam")

---A terceira é a modalidade mais, digamos, especial de todas. Não é somente uma compilação e, sim, músicas pop criadas para o filme. Ou seja, você não irá encontrar estas canções nos álbuns daqueles artistas participantes da coletânea. A decisão de se fazer essas trilhas se definem pela grande publicidade ao redor do filme ou mesmo pelo caráter especialmente musical que a película possui. Dois exemplos pra explicar: o filme "Godzilla", que investiu pesado no seu marketing, tratou de chamar as bandas de hard rock de mais sucesso na época para compor. Já em "Nick e Norah - Uma Noite de Amor e Música", onde o filme é pautado no universo indie, algumas bandas dessa cena foram chamadas a compor. Aí vai uma palinha:

Jamiroquai - Deeper Underground (Trilha de "Godzilla")


We Are Scientists - After Hours (Trilha de "Nick e Norah...")


Pra mim, a trilha sonora é sempre "parte integrante, não podendo ser vendido separadamente". Ela lembra o filme, que por sua vez lembra a trilha e por aí vai. Uma dica que dou é, sempre que puder, ouça a trilha antes de ver o filme. Ela se transforma em algo espetacular depois dessa experiência, principalmente se o filme recebeu suas boas impressões.
Vou ficando por aqui, mas não antes de dar as devidas(e atrasadas) boas-vindas ao Ricardo e a Ana Paula! Que o hábito de discutir música sempre instigue as mentes e as mãos deles para publicarem por aqui! Obrigado aos dois! E até a próxima, pessoal (final mais Pernalonga, impossível!)

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