quarta-feira, 8 de junho de 2011

Mais um bom álbum que você (provavelmente) nunca ouviu

The Dresden Dolls - Yes, Virgina


Yes, Virginia é o segundo álbum de estúdio do duo norte-americano. Para quem não conhece, The Dresden Dolls (TDD) é formado por Amanda Palmer (piano e vocal) e Brian Viglione (bateria e vocal). Atualmente em um iato criativo e seguindo com suas carreiras solo, o som da banda é o que os dois chamam, até certo ponto de forma jocosa, de "Brechtian Punk Cabaret" - o termo foi criado pela vocalista a partir do medo que ela tinha com a imprensa em rotulá-los com algum nome envolvendo a palavra "gótico". Atualmente, Amanda Palmer segue sua carreira solo com dois álbums de músicas próprias já lançados, trabalhos coletivos, releituras e com turnês mundiais. Brian Viglione tem gravado com diversos artistas (incluindo o NIN) e saído em turnê com alguns destes. Juntos a banda tem feito shows esporádicos desde o ano passado, mas sem grandes compromissos de turnês enormes e longas.

Yes, Virginia:

O álbum abre com Sex Changes, uma canção energética - vocais, pianos e bateria mais fortes - que fala de uma forma mais soturna (e talvez real) sobre sexo na adolescência: de como isso muda você, como as pessoas usam o sexo, e que talvez não é como você esperava que fosse.

A seguir, vem Backstabber. Mais calma que a primeira, foi um dos singles do álbum. Fala basicamente sobre um traidor da Amanda. Um vocal um pouco mais trabalhado do que a primeira, com uma segunda voz bem legal e uma melodia bem grudenta. Longe de ser uma balada, apesar do ritmo mais lento. Tem vídeo clipe.

Modern Moonlight das três é a mais "pesada", bateria e piano mais acelerados, é a que mais tende pro lado "punk" nessa primeira metade. É interessante destacar a quebra de ritmo da música e os ótimos vocais na última parte da música. Ela mostra um pouco do que é bem comum no trabalho do duo: a variação de ritmo nas e entre as músicas. Mas os temas não muito bonzinhos continuam, aqui tomando um tom mais político com a ideia de como o mundo moderno tem seu lado negativo na banalização das coisas, incluindo pessoas.

A quarta faixa do álbum (My Alcoholic Friends) trata-se da música mais alegre e divertida dessa primeira metade. Contudo, a letra, mesmo que um pouco engraçada e não muito séria, trata de problemas com a bebida e o descontrole da eu lírica com relação a beber. Música alegre, humor negro na letra.

Delilah, a quinta faixa, é a primeira balada do álbum. Mas não espere algo romântico. Ou dor de cotovelo. A música tem uma melodia bem triste, mas cativante. Os vocais são bem bacanas e te passam o clima da música sem problemas. A letra é uma espécie de diálogo, ou melhor, esporro, onde a eu lírica comenta com sua amiga o quão burra é ela em cometer os mesmos erros ao insistir em ter relacionamento com um sujeito cretino - e aí depois ir chorar as pitangas. Canção poderosa, uma das minhas favoritas (talvez porque eu me identifique com a Amanda nessa situação, e gostaria de ter lembrado dessa música algumas muitas vezes para cantar para uma amiga. Porra, porque eu parei de ouvir Dresden nessa época? Mas divago...).

Dirty Business chegamos na segunda metade (arredondando pra baixo). Com melodia e ritmo bem mais fortes que Delilah, quebra um pouco o clima depressivo e voltamos a um clima de mais raiva e indignação. A letra soa como uma revisão do passado e do presente dela e de outros que compartilharam algum período longo, talvez escolar - faculdade ou escola. Atitudes de pessoas e talvez dela são revistos e colocados numa perspectiva do futuro, algo como: "lembram aquela garota que você tirava sarro e dizia que não seria ninguém? Então. E você? Como anda?". Pianos, vocais e baterias muito bons e fortes.

Agora vem cá a música mais desconfortável para a maioria das pessoas - First Orgasm. Melodia bonitinha, piano calmo, sem peso na bateria. Tudo seria okay até para os mais chatos com relação a temas: a não ser que o tema da música fosse sobre masturbação. Mas não existe nenhum tom infantiloide ou "piadista". O crescente ao final da música é muito bom e fecha bem com o clímax da música (sem trocadalhos).

Mrs. O. - a primeira música mais jazzista do álbum. Bateria bem marcada, ritmo calmo, piano calmo, vocais calmos no geral, mas variando de intensidade. Uma canção muito bonita, senão a mais bonita do álbum, é uma das minhas favoritas. A letra, de forma alegórica, fala sobre como aprender a lidar com as dificuldades e tristezas da vida, e como, em geral, as pessoas nos dizem como temos que sorrir sempre e que 'a vida é bela'. Mas fala, também, como a realidade/verdade pode ser cruel quando não estamos prontos para recebê-las, especialmente pra quem sempre viveu em uma nuvem cor de rosa.

Shores of California tem um ritmo de jazz bem forte. Fala sobre como funcionam os relacionamentos, em geral, entre garotas e garotos - e de certa forma, até com muitos adultos. Um refrão bem poderoso, com vocal bem acertado que convida a cantar junto. As mudanças de ritmos acontecem aqui também e encaixam bem na música. A segunda voz ao final da música me agrada muito. Tem um clipe muito bacana.

Necessary Evil não é uma das melhores, ritmo mais simples e refrão bem grudento. Tem um jeito mais "punk", no sentido de ser menos elaborada que as demais. Combina com os vocais mais raivosos e a letra sobre "um mal necessário", algo como aquele ou aquela amante (não no sentido de "segundo time") que é difícil de tolerar, te faz até um certo mal, você estaria melhor sem, mas que de certa forma é bom. Não deixa de ser uma canção legal e cativante, especialmente pelo refrão.

Ahhh...! Mandy Goes To Med School. Canção boa do caralho. Lembra aquele jazz legal que dá vontade de ficar estalando os dedos e dançando. É aqui onde Amanda consegue mostrar toda sua qualidade de vocalista e pianista. A canção fala basicamente sobre o "show busyness" e como todos sempre dizem saber o que você deve fazer para se dar bem, como alguns manipulam as pessoas para conseguirem seus fins, e por aí vai.

Me And The Minibar vai para um caminho mais depressivo e triste, mas não muito sombrio. Na música a eu lírica chora, ou lamenta, a ausência de seu amante no que pode ser ou seu aniversário, ou o aniversário de namoro (ou coisa que o valha) deles. Não fica muito claro se essa pessoa morreu, ou simplesmente a abandonou - acredito ser a segunda hipótese. O que importa é que ela agora está em um quarto de motel ou hotel vagabundo, enchendo a cara e celebrando com ela mesma pelos dois. Em termos de música, Me And The Mini Bar é somente piano e voz, num ritmo mais lento, de uma balada amarga.

A última música do álbum, Sing, é mais uma balada. Uma balada "amarga alegre": tem uma melodia triste (e bela), mas uma metáfora positiva. Algo como: levante a cabeça e mande todo mundo à puta que os pariram. Mas de uma maneira metafórica. Bom instrumental, piano e bateria fortes, bem marcados, vocal com bastante energia. Letra bem inteligente e com uma metáfora simples, nada pretensiosa, mas longe de ser banal - ótima canção. Tem clipe também.


Bom, é isso. Acabou que a postagem rendeu bem mais que o esperado. Se gostarem de Yes, Virginia, deem uma olhada nos trabalhos mais recentes da Amanda e do Brian e nos outros álbums da banda (o EP A is for Accident e o álbum The Dresden Dolls).


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sábado, 26 de março de 2011

A imbecilidade musical de hoje ou Meu ouvido virou penico de vez!

Você aí que lê esse blog tem, minimamente um interesse qualquer por música. Já se perguntou quanta poluição sonora a gente ouve por aí? Não estou falando de buzinas, ronco de motores nas ruas, bebês chorando ou coisas do tipo. Digo sobre o quanto de lixo musical a gente recebe todos os dias. É tanta coisa ruim de ouvir e a gente não se toca que acostumamos mal nossos ouvidos.

Queria falar sobre isso há muito tempo mas agora foi a gota d'água. Tem um vídeo de uma garota chamada Rebecca Black no Youtube cantando uma música chamada "Friday". É difícil dizer algo diferente, mas perto dela, Justin Bieber é Beethoven.

 CUIDADO!  CUIDADO!  CUIDADO!  CUIDADO!  CUIDADO!  CUIDADO!  CUIDADO!
 CUIDADO!  CUIDADO!  CUIDADO!  CUIDADO!  CUIDADO!  CUIDADO!  CUIDADO!

Até a hora em que eu vi o vídeo, o contador mostrava 54 MILHÕES de visitas desde fevereiro desse ano. Só pra vocês terem um comparativo, "Alejandro" da Lady Gaga teve 130 milhões e "Never Say Never" do Justin Bieber teve 176 milhoes. Além disso, ela estrou nessa semana como 72a música nas paradas americanas e 2a música mais procurada na Billboard. E "Friday" não teve propaganda na TV, nem estréia mundial nem passou no Fantástico (até agora...). Tive também o cuidado de procurar por entrevistas e outras notícias sobre a garota e sua música e foi muito curioso o que achei.

O noticiário americano chega a exaltar a garota e conversa sobre o cyberbullying que ela vem recebendo devido às críticas de seu trabalho. E, surpreendentemente, achei também uma reportagem na Mtv falando sobre seu sucesso (nesse vídeo, até Lady Gaga elogia a garota). Mas isso não quer dizer que não vi nenhuma crítica. Achei várias paródias e videoblogs falando sobre como a música é horrível.

O que me incomoda nessa história é que a mídia não quer ou não se importa em discutir a qualidade musical de certas canções. Uma garota botar em uma letra de música que "quinta vem antes da sexta" e "sábado vem depois da sexta" é de uma imbecilidades sem tamanho! É como se todos fizessem vista grossa sobre o que ouvimos. É como a Globo trata as outras emissoras de tevê, ou seja, as outras emissoras abertas não existem: nunca comparam, nunca citam seus nomes, só existe a Globo.

E o que tem a ver uma música americana com nosso dia a dia brasileiro: Absolutamente TUDO! Além do país consumir muita música internacional, somos bombardeados todos os dias com todos os tipos de música de qualidade duvidosa. Quem já nunca ouviu um funk com letras de cunho sexual extremamente pesadas? Axés de duplos sentidos vergonhosos? Ou músicas sertanejas repetitivas e com a mesma temática incessante do chifrudo que quer voltar para a mulher? Ou, quem sabe, até outro tipo de sertanejo, disfarçado de rock, - conhecido como Restart e derivados? Todos os dias esse tipo de lixo é responsável pela impregnação do ar nas nossas cidades.

Longe de mim querer criticar quem gosta de certos tipos de música. Tenho minhas preferências musicais e garanto que a maioria delas não são nem de longe coisas geniais ( reconheçco, a maioria das coisas que gosto pode ser extremamente chata e estúpida para alguns). Quero discutir aqui a que ponto chegamos. Não nos preocupamos com o que entra nos nossos ouvidos. E aí está um grande erro. Muita gente não tolera ver algo considerado feio ou comer comida ruim. Tratamos muito mal nossos ouvidos, mesmo que esse maltrato seja feito por terceiros: aceitamos carros de som alto nas ruas, toleramos qualquer pangaré colocar um amplificador em uma praça e sair "divulgando seu trabalho", o mesmo faz os grandes magazines, seja com música mecânica ou um trio de metais qualquer na porta da loja (isso realmente ajuda a angariar clientes?). Toleramos até mesmo qualquer pessoa ouvindo celular alto nos espaços públicos ou nos meios de transporte.

E enquanto isso, vamos cagando e andando para nossos ouvidos. Eu, pelo menos, gosto de outras músicas que falam sobre sexta-feira:

segunda-feira, 14 de março de 2011

Talking Heads e sua cauda longa


Há poucos dias lembrei de uma banda antiga que conhecia muito pouco. Pra corrigir esse meu erro, ouvi seus discos e fiquei surpreso com duas coisas: a primeira é de que conhecia mais musicas deles do que pensava. A segunda é de que confirmei como a banda influenciou - direta ou indiretamente - o som da quase totalidade do que a gente conhece hoje como som "indie", que surgiu na década de 1980, se diluiu nos anos 1990  e reapareceu a partir dessa última década.

Para mim, eles fizeram mais que influenciar. Vou me arriscar aqui a cometer uma possível heresia - do que adianta escrever sem criar polêmica? Talking Heads foi o precursor, o marco zero, do que hoje chamamos de indie rock. O som da banda se baseia em música pop, punk rock, world music e o que chamam de art rock. O segredo da banda, pra mim, foi conseguir misturar uma certa crítica cotidiana nas letras com uma pitada de experimentalismo, transformando o que seria supostamente chato em algo extremamente palatável e, até certo ponto, de alto astral, dignos do que o rock é capaz de fazer.

O som da banda influenciou uma leva grande de bandas e músicos. Usando pouco esforço, dá pra comparar e perceber certas semelhanças nos sons de bandas recentes com o que o Talking Heads começou a fazer a mais de 30 anos atrás. Pra isso, classifiquei o som do Talking Heads em fases distintas, pra ficar melhor de explicar.

A primeira fase do Talking Heads  é muito puxada pro que a gente pode chamar de pós punk. É um som mais de banda de garagem e incluo os 3 primeiros álbuns: "77", "More Songs about Buildings and Food" e "Fear of Music". Franz Ferdinand e várias outras bandas do gênero (Futureheads, Maximo Park, The Rakes) lembram muito TH dessa época. Olha só:

Talking Heads - Found a Job

Franz Ferdinand - The Dark of The Matinee

The Rakes - Work, Work, Work (Pub, Club, Sleep)


Considero a segunda fase do Talking Heads uma mistura entre o rock e elementos mais dançantes, provavelmente misturando elementos da disco e algum experimentalismo. "Remaining in Light" e "Speaking in Tongues" são os dois álbuns que tem as sonoridades parecidas. Dessa leva, alguns sons lembram muito LCD Soundsystem.

Talking Heads - Once in a Lifetime

LCD Soundsytem - Home

A terceira fase é a mais pop e foi com os álbum "Little Creatures" e o "True Stories" que a banda fez sucesso com músicas mais palatáveis. Apesar de ser pop, a banda começa a introduzir sons mais experimentais , além de uma marcação mais caribenha. As músicas de maior sucesso comercial estão nessa fase e, antes de muita banda, eles começaram a fazer o povo dançar. B52's e REM são influenciados por essa fase do TH. Ouve:

Talking Heads - Love For Sale (1986)

B52's - Love Shack (1989)

A quarta e última fase mostra um som mais world music, com elementos africanos e brasileiros se incorporando ao som da banda. O álbum que mais tem essa roupagem é o "Naked", de despedida do quarteto. Paul Simon e Vampire Weekend beberam muito dessa fonte...


Talking Heads - (Nothing But) Flowers

Vampire Weekend - Cape Cod Kwassa Kwassa

Antes de terminar, deixo três curiosidades do Talking Heads:

* Radiohead só tem esse nome por causa de uma música homônima do Talking Heads, do álbum "True Stories". A música nem tem a ver com o som da banda do Thom Yorke, mas fica o registro.

* "(Nothing but) Flowers" foi a música do Talking Heads que protagonizou um episódio emblemático no showbiz brasileiro. Caetano Velozo, no VMB 2004, perdeu a linha - e com razão - depois do som ter flahado duas vezes na hora em que ele e David Byrne (vocalista remanescente da banda) foram tocar a música no prêmio. O link está aqui e vale a pena dar uma olhada!

* David Byrne gostou tanto dessa idéia de fazer sons brasileiros que hoje ele é figurinha fácil em álbuns de cantores brasileiros: Naná Vasconcelos, Marisa Monte, Tom Zé, Margareth Menezes são alguns dos músicos brasileiros que já gravaram com ele.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dançar tá na moda, Thom Yorke!

Como dançar está na moda, né? Depois da Magaly dar show no Largo da Carioca no Rio e da farra da Carreta Furacão de Ribeirão Preto dançando lascivamente, vem o Radiohead lançar seu novo álbum. E, junto com ele, seu novo videoclip. Thom Yorke, com a dádiva e a epilepsia voluntária que Deus lhe deu, apareceu como brinde aos memes, com sua desenvoltura estilística de quem está com apendicite e coceiras generalizadas. O vídeo, que era pra ser, sei lá, meio cult (todo em preto e branco, coisa e tal) virou prato cheio pras várias versões globelezísticas da nossa querida e famigerada internet. Antes de falar do resto, já digo: a música é boa.


Mas quem aí está vendo o clipe e acha que ele é "inovador", não sabe as fronteiras que os homens do sexo masculino (eu não sou burro, usei pleonasmo de propósito porque eu quis) tiveram que traçar para que Thom Yorke pudesse fazer sua dança sem queimar em praça pública. Resolvi, pelo pouco que lembrei, listar alguns clipes em que os homens e suas danças esquisitas são destaque. Muitos já desbravaram essa fronteira, galgando degrau por degrau a timidez do corpo franzino e dando voz ao jeito estranho de dançar moleque, raiz,  do jeito estranho de dançar de várzea. Já falo aqui que clipes que os caras mandam bem no rebolado não entram na lista

O primeiro a atravessar essa fronteira foi nosso Rick Astley, fazendo com que o clássico pra lá e pra cá ficasse estranho em um corpanzil de frangote de ginga weird-marota. Com seu sobretudo e seu topete, Rick mostrou que, com poucos movimentos, fez o ballet de Bolshoi tremer. Ter convulsões e passar mal.



Desenvolvendo a técnica para o mundo rock, Iggy Pop (apesar de certa idade), não fez feio nesse vídeo feito pro filme Trainspotting. Com a ajuda de outros "molecotes" em cena, ele dá a sua versão rock and roll pra desajeitada dança masculina. E essa vem com punch, com pegada, sem cerimônia.



Depois de muitas papagaiadas sendo feitas nos anos 90, o grande Fatboy Slim retomou essa escola. Com Praise You, dirigido por Spike Jonze, o DJ pôde dar a mensagem: "você, esquisito que dança sem coordenação: você tem o seu valor! Mesmo que tenha que aparecer em frente a uma fila de cinema, com seus amigos excêntricos e mostrar o que aprendeu a duras penas. Quer dizer, que está aprendendo ainda...".



Um também adepto dessa arte foi o Moby. Na verdade não foi ele, e sim, outras pessoas que se prestaram a fazer esse papel. É cada figura que aparece... e é no estilo freestyle, mano! É roots, é improviso e sentimento, sentindo a batida! Não tenho nem mais o que comentar. É só ver aí.



E agora chegou a vez de alguns exemplares tupiniquins, mostrando que o molejo da parte debaixo do Equador pode ser tão ruim quanto qualquer outro. A primeira amostra é do "jênio" Rogério Skylab, mais conhecido pelas bizarras entrevistas do Jô Soares do que propriamente pelas suas músicas. Eu, sinceramente, acho que ele deixa Thom Yorke no chi-ne-lo! Ele tem a arte do molejo improvisado minimalista que exprime todo o ser psicopata que esse cara é. Curtam! 



E o último, pra fechar com chave de cocô (by Melhores do Mundo), vai o vídeo mais vergonha alheia da lista. Pouca gente o viu pois tem a versão ao vivo desse clipe. E por quê? Porque esse aqui ficou uma coisa ruim que não tem tamanho. Imagina a idéia genial: pegar o cara mais inexpressivo da banda e fazer ele dançar - ou seja lá isso que ele estiver fazendo - por vários pontos do Rio de Janeiro. Lugares públicos. Sim, é isso mesmo. Na sua cabeça isso tá ruim, né? No vídeo, te garanto, ficou pior:



Uma menção honrosa: esse vídeo merece uma atençãozinha também porque é mto boa essa dancinha! Men at Work, lá pelo 1:34 minutos do vídeo....



Eu espero ter dado minha contribuição a cultura pop. Eu sei, tem uma porrada de vídeos que eu esqueci e pode citá-los nos comentários. E viva a falta de jeito, o descompasso, a cara esquisita e o "sem jeito mandou lembranças"!